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terça-feira, 11 de julho de 2017

OBJECTOS PERDIDOS

Sob a liderança de Paulo da Silva Marques (aka Paulo Eno, posteriormente nos 77), os Objectos Perdidos apareceram, em Coimbra, em 1985. Auto-denominados Associação de Intervenção Cultural, exibiram performances em Bona, Berlim, Belgrado, Madrid, Porto, Coimbra e Lisboa, colaborando igualmente com os Telectu e Vítor Rua individualmente. O grupo dividia as suas áreas de intervenção em distintas vertentes caracterizadas por designações e objectivos diferentes. Assim, pôde ouvir-se falar de Paulo Eno Ensemble (dedicado à música concreta e experimental), Cabaret Dada (música electrónica), Grupo Multimédia Objectos Perdidos ou Perestroika (rock). A própria associação estava também subdividida, segundo o seu mentor, em vários departamentos caracterizados por se dedicarem de forma estanque a classes como a musicologia, multimedia, fotografia, videoarte, dança, performance ou happening. Defendiam que o seu principal leitmotiv era, num âmbito geral, o combate pela liberdade, não através da anarquia mas da disciplina.

PRESS
A Loucura da Perdição Mal Castrada, Miguel Santos, Blitz nº265 de 28-11-1989