Páginas

domingo, 23 de julho de 2017

CAPELA DAS ALMAS

Capela das Almas foi uma banda de Gothic Metal nascida em Almada em finais de 1989. Muito inflienciados por grupos como The Sisters of Mercy ou Fields of The Nephilim, só em 1993, após diversas alterações no seu line up inicial, gravam o seu único trabalho, "Estranhos São os Designios de Deus", que será editado no ano seguinte no formato cassete. Dada a muito boa aceitação por parte do público apreciador do género, esta demo permitiu-lhes a possibilidade de actuação em cerca de 40 concertos. Destes, poder-se-ão destacar a abertura da tour "Under The Moonspell" dos Moonspell e a primeira parte do derradeiro concerto dos Land of Passion ocorrida no Ponto de Encontro em Almada. Em 1997 cessam actividades mas esse facto não impediu que, dez anos depois, se tenham reinventado através da produção de "A Muralha" e "Fogo de Outra Sorte", dois temas que foram gravados e masterizados nos Dark-Cell Studios. O grupo contou, na sua fase inicial até 1990, com os seguintes membros: Paulo Mosqueteiro (voz), Luís Marreiros (bateria), Luís Popas (baixo) e David Rato (guitarra). Entre essa data e 1994, altura de gravação do seu longa duração, registou-se a admissão de Hugo Osga (bateria) e de Miguel du Vale (teclas), bem como a mudança do baixo para a guitarra de Luís Popas e a entrada de Mário Chagas para baixista, mantendo-se apenas Paulo Mosqueteiro e David Rato. Em 2007, aquando da reunião do grupo para gravação de dois temas, a formação contou com Paulo Mosqueteiro, Rui Lobato (bateria), Bruno Pirata (baixo), Carlos Nobre (teclas) e de Paulo Miguel. Passaram ainda esporadicamente pelo grupo, ao longo da sua existência, Norberto (guitarra), João (guitarra) e Quim (baixo). Durante a sua actividade, os Capela das Almas defenderam acérrima e intransingentemente que o seu propósito era o de "desenterrar fórmulas antigas e velhos tesouros, transformando-os em novas glórias". Acrescentavam ainda que "não nos interessa que possam discordar da nossa filosofia. A nossa luta não é politico-social, a nossa luta é pela Alma!" É com este espirito que se procuraram transcender, alcançando um estado a que também se haviam proposto os seus mentores. Insistindo num discurso etéreo e algo inconsequente, referiam que a Música não era o horizonte a atingir mas apenas o meio utilizado para chegar ao "Caminho", caminho esse, que segundo as letras da banda - metaforizada por temas como "Negras Rosas" -, acabaria por ser uma espécie de nirvana, um estado acima do físico.

DISCOGRAFIA

ESTRANHOS SÃO OS DESÍGNIOS DE DEUS [Tape, Edição de Autor, 1994]