Páginas

domingo, 23 de julho de 2017

PUNY

Ricardo Ramos, oriundo de Viseu fez parte, durante a sua adolescência, dos Funny Bunny e Gibberish, bandas que conseguiram editar discos. Compositor compulsivo tem vindo, desde 1995, a criar temas a solo recorrendo a gravadores de quatro pistas emprestados por amigos benevolentes. O resultado foi o registo de cerca de 150 temas, alguns dos quais serão aproveitados no futuro enquant matéria prima para o projecto a que chamará Puny. Durante o ano de 1999, conheceu Rodrigo Paulino e iniciaram um projecto conjunto, de traços estéticos alargados mas ancorado em processos essencialmente livres e experimentais. No ano seguinte, os dois, na companhia do baterista Afonso Simões (Phoebus, Fish & Sheep), iniciam uma nova aventura, Cloudland. Ricardo Ramos, conhece finalmente Sandro Martins, bateria e convida Rodrigo Paulino para assumir as funções de baixista. No final de 2002, estará finalmente reunida a formação definitiva dos Puny. Do seu repertório fizeram parte, não só alguns dos temas compostos por Ricardo Ramos a solo mas também novas composições efectuadas isoladamente por outros membros ou por todos em conjunto. Embora o grupo não apreciasse sobremaneira quaisquer rótulos por os acharem demasiado restritivos, assumiram que o som do grupo pretendia estar próximo do universo das guitarras do rock independente norte americano, da No Wave Nova Iorquina ou mesmo do pós-punk. Tudo isto sem em prejuízo de preservarem a sua sensibilidade em temas mais calmos. Em 2004, Ricardo Ramos divide-se por um outro combo chamado An Octopus In The Bathtub, caracterizado por uma elevada dose de improvisação e noise. è com esta banda que editou o EP intitulado "Two Thousands And Four” pela netlabel Merzbau. Da criação e registo convulsivo de canções resultaram três extensos registos em formato CDR, "Ho...Nothing", "January Sessions" e "ST". Em Setembro de 2006 editarão pela Bor Land um trabalho conjunto com Bruno Duarte e Old Jerusalem, intitulado "Splitted". Os temas incluídos neste trabalho cobriam um vasto período de tempo, reunindo as primeiras experiências de Ricardo Ramos e de Sandro Martins com um gravador de quatro pistas analógico. A sonoridade variava de tema para tema, desde o rascunho em papel que resultava numa canção até à sessão de ruído no quarto a bater em cadeiras e demais objectos, sendo o ponto comum o improviso daquela primeira pista antes dos overdubs. Ou seja, procurou-se que a razão da escolha destes temas fosse, ao invés de outros captados em melhores condições, baseou-se na honestidade da busca do primeiro take.

DISCOGRAFIA

NO... NOTHING! [2xCDR, Edição de Autor, 1999]
JANUARY SESSIONS [4xCDR, Edição de Autor, 2000]
ST [3xCDR, Edição de Autor, 2001]
WILL WE EVER BE... [CDR, Edição de Autor, 2004]

 
SPLITTED [c/Old Jerusalem+Bruno Duarte] [CD, Bor Land, 2006]

 
EARLY 4-TRACK DEMO VOL 02 [MP3, Merzbau, 2007]

COMPILAÇÕES

 
CAIS DO ROCK 04 [CD, Low Fly Records, 2002]