Oriundos de Azeitão, Os Gully deram os primeiros passos em finais de 2004, essencialmente como banda de covers. Os guitarristas Nuno Lopes e João Lopes desafiaram o baixista João Carvalho para se juntar a eles. O baixista trouxe consigo o filho Duarte Carvalho para a bateria. A formação ficou completa com a entrada do vocalista Vasco Lopes, irmão do guitarrista Nuno Lopes. Inicialmente o repertório da banda resumia-se a versões de temas de bandas como os Ramones. A 04 de Julho de 2005, realizam o primeiro concerto nas Festas de Azeitão, tocando apenas versões de temas alheios. Pouco depois começam a compor temas originais da autoria de João Lopes e Duarte Carvalho, com letras de Vasco Lopes. Em Março de 2006, Os Gully classificam-se em 2.º lugar no TAZZ Cover Contest no bar Tazz no Freeport de Alcochete. Nesta altura, apresentam a primeira maquete de originais, contendo 9 temas, cantados em português, demonstrando claramente a sua filiação no rock clássico, sendo sintomático que Os Gully revelem que as suas principais influências, na altura, sejam bandas inglesas dos anos 70 como os Led Zeppelin e os Cream. Essas influências são mais notórias nos temas da autoria de Duarte Carvalho. Nos temas compostos por João Lopes, vislumbra-se uma maior diversidade na sonoridade apresentada, sendo esses os temas mais interessantes e menos derivativos do primeiro registo da banda. No Verão de 2006, o vocalista vai trabalhar para o estrangeiro e é substituído por Pedro Pereira. Pouco depois, saí o guitarrista Nuno Lopes alegando “divergências estilísticas”, entrando para o seu lugar Sérgio Gramaça. As mudanças na banda não se ficam por aqui, pois sai também Pedro Pereira com dificuldade em compatibilizar os estudos universitários com a banda. Entra Pedro Veiga, que fruto de experiências anteriores facilmente se adapta à banda, e Os Gully avançam para a gravação da segunda maquete com 4 temas originais. A banda faz a sua primeira apresentação com a nova formação no Concurso Equalizador_LX_2007 no Santiago Alquimista, em Lisboa. Em Março de 2007, classificam-se em 1.º lugar no concurso de Música Pop/Rock de Grândola. Em Setembro de 2007, o baixista João Carvalho abandona a banda e dois meses depois é substituído por Paulo Cardoso. A banda decide gravar o primeiro registo a sério. Assim surge em Agosto de 2008 Os Gully EP, gravado nos estúdios Namouche, masterizado por Tó Pinheiro da Silva e produzido pela própria banda. Este registo apresenta cinco temas, acrescidos do radio edit do tema “Estou Preso”, que juntamente com “Corpo Sem Sombra” são repescados da primeira maquete da banda. As faixas seguintes seguem o modelo do mais aborrecido hard-rock datado de décadas anteriores. O vocalista tem versatilidade e a banda apresenta-se competente, mas não apresentam um mínimo de originalidade. Em Janeiro de 2009 entra uma nova vocalista Carina Silva, e a banda realiza de seguida uma série de concertos e a gravação do single "Procissão Mecânica" com dois temas, que serve para apresentar a nova formação da banda e servir de avanço para o longa duração que se projetava. Em Julho de 2009, o baixista Paulo Cardoso é forçado a abandonar a banda por não conseguir conciliar com a sua vida profissional. Os Gully seguem com 4 elementos passando João Lopes para o baixo. Em 2010 anunciam o fim da banda.
DISCOGRAFIA
MAQUETE DE ORIGINAIS COM 9 TEMAS [CDR, Edição de Autor, 2006]
MAQUETE DE ORIGINAIS COM 4 TEMAS [CDR, Edição de Autor, 2007]
OS GULLY EP [CD, Edição de Autor, 2008]
PROCISSÃO MECÂNICA [CDR, Edição de Autor, 2009]