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quinta-feira, 13 de julho de 2017

THE ASTONISHING URBANA FALL

Oriundos de Barcelos e com nascença apontada para Janeiro de 1996 (a partir das cinzas dos Angelica's Mercy), com passagem pelo Porto, e com um núcleo duro de sete músicos, os The Astonishing Urbana Fall foram revelação no Festival de Vilar de Mouros 96, consagração em Paredes de Coura, actuaram no Orange de Londres, fizeram o acompanhamento musical de peças de teatro e a banda sonora de um filme. Houve quem lhes chamasse os percursores do pós-rock" português e vagamente pretenciosos. O mentor do projecto era André Reis (baixo, guitarra, teclas, voz) e do núcleo duro constavam também Paulo Araújo (saxofone, teclas, guitarra, com percurso feito na área do jazz), Ricardo Cibrão (guitarra, bateria, voz, muito ligado à música industrial), Jorge Pereira (bateria, voz), Domingos (narrações) e Mariano (computador, teclas, ligado à música electrónica). O som final ultrapassava e simultaneamente aglutinava esta panóplia de influências, embora o seu som tivesse fortes características experimentais, sobretudo o primeiro. Apenas três meses após se juntarem, os membros da banda já tinham material suficiente para gravar e fizeram-no num estúdio em Viana do Castelo. Gravaram 9 músicas e 3 dos temas fizeram parte do primeiro single. Este single tem um conceito diferente do segundo. Na altura a banda era formada por cinco elementos e a estratégia foi conhecer as influências de cada um. Cada música correspondia ao entendimento de uma das pessoas e a partir daí íam desconstruindo na tentativa de fundir as influências de todos. Por isso os temas saíram muito diferentes entre si. O single foi uma série limitada de 5oo CD's e esgotou em duas ou três semanas. Nessa altura, o projecto sentiu grande apoio por parte da imprensa e de um momento para o outro passaram do anonimato para uma posição relativamente confortável no panorama nacional deste género. Deram vários concertos com a preocupação de os tornar sempre diferentes. O projecto foi igualmente acumulando membros, até serem seis: ao núcleo inicial juntaram-se Gil Teixeira e José Arantes. No segundo trabalho o som passou a ser mais uniforme, mais homogéneo. Surgiram linhas orquestrais. No início as músicas surgiam mais próximas do formato canção mas agora a banda já conseguia fazer música experimental sobre um suporte orquestral, uma base sinfónica.

DISCOGRAFIA

 
ACETIMINOPHEN [CD, DDSDDO, 1996]

 
ICONOLATOR [CD, DDSDDO, 1998]

 
RHIZOME (PRELUDE) [CD, Edição de Autor, 2002]

COMPILAÇÕES

 
DEIXE DE SER DURO DE OUVIDO 02 [CD, DDSDDO, 1996]

 
GARAGEM [CD, Garagem, 1996]

 
CAIS DO ROCK 01 [CD, Low Fly Records, 1997]

 
PROMÚSICA 13 [CD, Promúsica, 1997]

KEEP THE NOISE [CDR, Som Sónico, 1999]

 
OFFLINE: 12 BANDAS [CD, FNAC, 2002]

 
PRESS PROMO 2005 [CDR, Bor Land, 2005]

 
CAN TAKE YOU WHERE YOU WANT [2xCD, Bor land, 2005]


PRESS PROMO 2006 [CDR, Bor Land, 2006]

PRESS
Adeus Angelica, Olá Urbana, Blitz nº 592 de 05-03-1996
Máquinas Suaves, Jorge Manuel Lopes, Blitz nº 603 de 21-05-1996
The Astonishing Urbana Fall, Manuel Melo, Ritual nº 10 de 1997
Inventar o Futuro, Agora, Jorge Manuel Lopes, Blitz nº 636 de 07-01-1997 [CAPA]
Destruir Referenciais Perceptivos, Jorge Dias, Pop Rock nº2507 de 22-01-1997
Aventuras em Londres, Blitz nº 654 de 13-05-1997
Destaques, Promúsica 13 de 01-1998
Sado Maso Disco, Jorge Manuel Lopes, Blitz nº 706 de 12-05-1998
A Arquitectura dos Híbridos, Jorge Manuel Lopes, Blitz nº 713 de 30-06-1998
A Estrutura dos Ritmos Desmembrados, JLL, Blitz nº 790 de 21-12-1999
Há Festa na Aldeia, SC, Blitz nº 883 de 02-10-2001