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quinta-feira, 20 de julho de 2017

SELDOM

Banda com raízes em Vila Nova de Cerveira que navegava nos mares da música independente de pendor mais norte-americano e tinha na voz de Jennifer Caldas, uma americana luso descendente a residir no nosso país, uma mais valia. O grupo foi criado em Junho de 1998 sob a designação de Dead Or Alive por André Vasconcelos (guitarra), Marco Mourão (baixo) e Pedro Costa (bateria) no seu line up. Não tardou muito para que se lhes juntassem Jennifer Caldas (voz) e Filipe (guitarra). Cedo mudaram de designação e também rapidamente gravaram uma primeira maquete. No seguimento de algumas actuações ao vivo conseguem obter algum reconhecimento por parte de uma imprensa musical ávida por criar fenómenos hype assentes, na altura, em bandas de miúdos a trabalhar em regime DIY. Os 15 minutos de fama traduziram-se nalgum airplay em rádios locais nacionais, na aparição em palcos FNAC, nalguns artigos na imprensa escrita e na participação televisiva num conhecido programa matinal da televisão pública. Em 1999, o grupo edita a expensas próprias e com alguns apoios locais um longa duração homónimo. Alternando ritmos fortes em que a guitarra distorcida assumia um papel preponderante com ambientes mais suaves polvilhados de dedilhados refinados, os Seldom não escondiam, porém, alguma imaturidade. O disco, gravado em Viana do Castelo no AMP de Paulo Miranda, obteve alguma boa imprensa e permite-lhes actuar no palco secundário do Festival de Paredes de Coura no ano 2000. As mudanças de formação, o mau aconselhamento por parte de supostos colaboradores desencadearam a confusão e a falta de perspectiva no seio da banda. 2003 revela-se, porém, um ano promissor. O guitarrista Filipe é substituído por José Alberto e novos temas começam a ser compostos, o que injecta alguma esperança no grupo que, contudo, não demorará a desaparecer.

DISCOGRAFIA

 
SELDOM [CD, Última Dimensão, 1999]

COMPILAÇÕES

 
PROMÚSICA 37 [CD, Promúsica, 2000]

PRESS
Destaques, Promúsica 37 de 02-2000