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quinta-feira, 20 de julho de 2017

PRESSPLAY

As PressPlay surgiram no ambiente nocturno almadense em 2007 quando Bruno Sobral, vocalista dos Tsunamiz fez o elo de ligação entre Playgirl e Lisa. Priscila (aka Playgirl, guitarra, voz) e Lisa Dafne (aka The Party Queen, programações, electrónica), na sequência de uma amizade, decidem fundir as suas diferentes influências musicais – rock vs música electrónica. Ambas já haviam estado envolvidas noutros projectos: Playgirl fizera parte de bandas rock, alternativas e punk e Lisa teria estado mais envolvida com grupos na área da electrónica e dança. O resultado foi uma sonoridade electro-rock habitual nestas paragens, com nítidas referências nos universos de autores como Bonde do Rôle, Ladytron, PJ Harvey, Atari Teenage Riot, Electrocute, Cobra Killer, Miss Kittin ou Peaches. Em 2008, com a co-produção de Pedro Lourenço (aka Woman In Panic, membro dos You Should Go Ahead e Tsunamiz), é disponibilizado digitalmente o primeiro EP, "Playloud!". Desde então, o grupo tem percorrido o país freneticamente, espalhando kicks, baixos ressonantes e gritos revoltados que apelam à dança e ao esquecimento das regras, da moral e do racional. Compostos com base num Korg Electribe e com posterior tratamento pelo recurso ao Cubase, os temas das Pressplay unem a electrónica minimalista, agressiva e dançável ao apelo do punk e até de alguma pop, resultando num produto apelativo que tanto resulta numa pista de dança como num palco rock. O electro rock minimalista do grupo foi muito bem recebido e o facto do projecto ser constituído por apenas duas raparigas exponenciou a curiosidade dos media. Em 2009 anuncia-se um álbum, que deveria ser lançado pela recém formada Licked Records. O selo independente, liderado por um inconformado Pedro Lourenço, pretendia elevar o relacionamento entre artistas e editora através de uma colaboração estreita na elaboração do produto final. A edição não se concretiza por algum motivo porém uma versão alargada de "Play Hot", teórico primeiro single do longa duração, é disponibilizada digitalmente, tendo direito a um bem conseguido promo clip que obteve forte reacção na internet. Desde essa altura, o grupo tem tido exposição pontual nalguns meios de comunicação mas parece ter sido na internet que vão estando mais activos. Quatro faixas podem ser escutadas nesta plataforma que não tem sido alvo de grandes actualizações, o que permite colocar a questão sobre se o projecto se mantem vivo.