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quarta-feira, 19 de julho de 2017

PHILHARMONIC WEED

Reggae, afro, hip-hop, funk e jazz: eis os Philharmonic Weed. Formados em 1997, foram imediatamente apresentados como uma grande promessa da nova música portuguesa. Com elementos de origem moçambicana e angolana, este projecto foi fruto da multiculturalidade existente na capital portuguesa. Fundamentais neste percurso foi a verdadeira mistura de valores, cores musicais e artísticas que conjugaram alma e força, caracteristicas que os tornaram um grupo único, sempre na procura de novos ritmos. "Primeiro Mundo", editado pela Footmovin, foi o primeiro disco de longa duração deste colectivo de seis músicos, onde o groove era uma arma e a palavra uma responsabilidade. Anteriormente, o grupo havia editado, em 2003, "Capital Som", um MCD com 5 temas "Capital Som", pela Independent Records. Participaram também em diversas colectâneas como "Offline", em 2001, "Revistados 25-06", o disco de tributo aos GNR e "Copa Reggae", editada pela Difference em 2006. O primeiro disco de longo fôlego foi gravado entre 2005 e 2006 no estúdio Nascer do Som, de Francisco Rebelo e João Gomes dos Cool Hipnoise. Utilizando letras de cariz social, os Weeds souberam fazer das palavras um instrumento de intervenção. O grupo foi originalmente constituído em Lisboa por Milton Gulli (voz, guitarra), Marisa Gulli (bateria) e Ricardo Bicho (baixo). Já na altura os seus elementos declaravam saber o som que queriam fazer, só que ainda não sabiam como pô-lo em prática devido às confessas limitações da altura como músicos. Passaram depois vários baixistas e bateristas pela banda. Ricardo Bicho transitou para a guitarra acústica, Milton Gulli começou a cantar e Marisa Gulli passou para a percussão. Rita Pinho (voz, coros, teclas), que era colega da Marisa na faculdade, integra o grupo em 1999. Tiago Romão (bateria) e Renato (baixo) passarão a fazer tambem parte do projecto em 2004. Este último será mais tarde substituído por Carlos Santos. Em 2001, a banda fora convidada para representar Portugal no Festival Mundial da Juventude que se realizou no Panamá. Após a publicação de "Capital Som" em 2003, começaram a gravar, em Março de 2005, um novo trabalho que acabará por ser editado bastante mais tarde. Desde muito cedo que alguns dos elementos do grupo farão igualmente parte de outros colectivos musicais como os Cacique 97, Doctor J, ou No Agreement Soundsystem. Enquanto os Philharmonic Weed eram um projecto abrangente de música negra, os Cacique 97, por exemplo, reduziam o espaço de acção ao afrobeat ou afrofunk. Em 2009, o grupo anuncia o fim das suas actividades enquanto colectivo, tendo o derradeiro concerto sido realizado no dia 21 de Novembro em Lisboa, no Musicbox. Alguns dos seus elementos permaneceram noutros projectos como Cacique 97 ou Cool Hipnoise.

DISCOGRAFIA


THE PARADE [CDR, Edição de Autor, 2001]

 
CAPITAL SOM [CD, Independent Records, 2002]

 
PRIMEIRO MUNDO [CD, Footmovin' Records, 2007]

COMPILAÇÕES

 
PROMÚSICA 53 [CD, Promúsica, 2001]

 
PROMÚSICA 57 [CD, Promúsica, 2002]

 
OFFLINE: 12 BANDAS [CD, FNAC/123Som, 2002]

 
COPA REGGAE [CD, Difference Records, 2006]

 
REVISTADOS 25-06 [CD, EMI, 2006]

PRESS
Destaques, Promúsica 53 de 06-2001
Megabanda Vence 365, Teresa Frederico, Promúsica 53 de 06-2001
Fusão rima com Miscigenação, Rodrigo Affreixo, Blitz nº 920 de 18-06-2002
Força(s) na Erva, Eduardo Sardinha, Blitz nº 965 de 29-04-2003