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terça-feira, 18 de julho de 2017

PACO HUNTER

Em finais de 2008, os portuenses Paulo Zé Pimenta e Zé Nando Pimenta arrancaram com os Paco Hunter. Depois de terem passado pela The Zany Dislexic Band e por outros projectos como PZ, Pplectro, Type, todos com o selo da Meifumado, editora pela qual são também responsáveis. Desta vez, decidiram assumir um projecto de matriz mais pop com letras e guitarradas. O disco de estreia apelidado de “N.º1 in Acapulco” apresenta 20 curtas faixas, algumas com o nome de cidades que o grupo nunca visitou, espraiando-se ao longo de 45 minutos de desprendimento, evasão escapista e uma dose considerável de sentido de humor. O disco vai beber influências no mundo inteiro, experimentando os mais diversos estilos, ambientes e atmosferas. O primeiro tema que compuseram foi “Boca Raton” e surgiu de forma espontânea quando pegaram nas guitarras. Quando foram para o estúdio de gravação viveram um mês de grande de criatividade, onde as músicas foram aparecendo a um ritmo de 3 a 4 por dia. As suas influências são as mesmas de sempre, atravessando diversos estilos e épocas como Neil Young, Leonard Cohen, The Smiths, Marc Ribot & Los Cubanos Postizos, The Stranglers ou Led Zeppelin. Apresentam um repertório muito heterógeneo e difícil de catalogar, desde bossa nova, funk, country, punk-rock, honky tonk, etc., mas ouvindo o disco inteiro há uma linha coerente que faz todo o sentido, por pouco provável que isso pareça. O processo de composição foi espontâneo, livre de qualquer objectivo específico ou imposição. A foto da capa do disco foi tirada em 2003, para um projecto embrionário dos irmãos Pimenta, tendo sido agora recuperada para o disco de estreia dos Paco Hunter. O grafismo da autoria de Dieter Wiechman, capta o espírito do disco, descomplexado, no limite da irrisão, simples, mas com muitos pormenores a descobrir. Os concertos de apresentação foram ocorrendo um pouco por todo o país, por vezes acompanhados pela banda mexicana “Los Santeros”. Em palco, além dos irmãos Pimenta nas guitarras e voz, contam com mais três elementos Fernando Sousa (guitarra), “Sopas” (bateria) e Duarte Araújo (baixo). Existem já diversas ideias para um segundo disco, que se aguarda com expectativa nos próximos tempos. [Erradiador]

DISCOGRAFIA

 
NO.1 IN ACAPULCO [CD, Meifumado, 2009]

COMPILAÇÕES

 
MEIFUMADO: 5 ANOS 13 MERDAS [CD, Meifumado, 2009]

PRESS
Irmãos Pimenta em Acapulco, Vítor Belanciano, Ípsilon-Público, 09-10-2009
Viagem por Estilos e Cidades, Cláudia Fernandes, JN, 03-11-2009
Os Rapazes do Leme, Pedro Rios, Ípsilon-Público, 31-12-2009