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segunda-feira, 17 de julho de 2017

DAY OF THE DEAD

Imbuída do espírito straight edge, a banda iniciou suas actividades em Lisboa em 2001 tendo sido, durante toda a sua existência, uma das mais sólidas resistentes do movimento hardcore e vegan. Veteranos em termos de tournées europeias e americanas, os Day of The Dead tiveram também um interessante curriculum discográfico. O projecto foi composto por Ricardo Martins (voz), Nuno (guitarra), Luís (baixo) e João Vairinhos (bateria). Concorde-se ou não com a ideologia sobre a qual os Day Of The Dead basearam a sua existência, a verdade é que o colectivo lisboeta apresentou sempre uma mensagem válida para passar. Formados em 2001, os quatro músicos tomaram o destino nas suas mãos, autofinanciaram os seus discos e conseguiram fazer várias digressões europeias, norte-americana e brasileira. Só em 2006 conseguiram editar o seu primeiro registo de longa duração - "A New Healing Process". Para a gravação deste disco, os Day Of The Dead juntaram-se à editora independente norte-americana State Of Mind e não ficaram a dever absolutamente nada ao que se faz lá fora neste espectro. Dando um passo lógico em relação à sonoridade que já haviam explorado no EP "Old Habits Die Harder" - e também nos splits com Ruiner e Damage Done - o quarteto continuou a destilar hardcore rápido com óbvias influências punk-rock (bem patentes na colaboração com Joaquim Albergaria, vocalista dos The Vicious Five, no tema título) e uma incrível sensibilidade melódica que, apesar de nunca ser totalmente assumida, acabou por fazer toda a diferença em relação a tantas outras propostas deste espectro. A qualidade sonora, por exemplo, é irrepreensível. Quando chega o ingrato momento de traçar comparações, os primeiros nomes que nos vinham à cabeça eram os de alguns dos colectivos mais bem sucedidos neste estilo durante os últimos anos - Unbroken, Give Up The Ghost ou Modern Life Is War. Em 2009, pouco tempo antes de darem por findas as suas actividades, editaram o seu álbum "Perspectives" onde o som se apresentou mais pesado, mantendo contudo a sua estrutura assente na velha escola do hardcore de raiz norte-americano.

DISCOGRAFIA

MASTEFUL MURDEROUS PLOT [CDR, Edição de Autor, 2001]

 
DAY OF THE DEAD [7"Single, Goodwill Records, 2002]

 
SPLIT [c/The Damage Done] [7"Single, Goodwill Records, 2003]

 
OLD HABITS DIE HARDER [CD, Caustic Records, 2003]

 
OLD HABITS DIE HARDER [7"Single, Best Times, 2003]

 
SPLIT [c/Ruiner] [7"Single, Vendetta Records, 2005]

 
A NEW HEALING PROCESS [LP, Assault Records, 2005]

 
NORTH DESIGN CAN SUCK IT [LP, Assault Records, 2005]

 
A NEW HEALING PROCESS [CD, State of Mind, 2006]

 
PERSPECTIVES [LP, We Love Pandas, 2009]

COMPILAÇÕES

 
TIMES STILL HERE [Ltd 7"EP, Best Times Records, 2002]

 
TIMES STILL HERE [7"EP, Best Times Records, 2002]

 
THIS IS OUR TIME [CD, Still Holding On Records, 2003]

VOICES FROM ANOTHER WORLD [CD, Village Kids Records, 2005]

 
PORTUGUESE NIGHTMARE: TRIBUTE TO MISFITS [CD, Raging Planet, 2005]

PRESS
Quando as Pétalas são Caixões, Pedro Trigueiro, Rock Sound nº 11 de 10-2003
Day Of The Dead, Ricardo Amorim, Underworld nº12, 01-2004
Amor, Vida, Arrependimento, Miguel Arsénio, Underworld 19, 04-2006