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terça-feira, 4 de julho de 2017

CORVOS

Surgiram na mesma altura em que os Xutos & Pontapés comemoraram os seus vinte anos de carreira, com um repertório constituído exclusivamente por versões instrumentais de temas dos Xutos. Chamam-se Corvos e são um quarteto de cordas formado por quatro primos: Nuno Flores (viola d'arco), Tiago Flores (violino), Pedro Teixeira da Silva (violino) e Carlos Costa (violoncelo). À semelhança de projectos como o Kronos Quartet e os Apocalyptica, fazem uma fusão de sonoridades que passam essencialmente pelo rock e pela música clássica. Os músicos já tocavam juntos há cerca de seis anos quando apareceram como Corvos, sendo que, numa primeira fase, não tinham sequer nome. Depois apresentaram-se como Emsemble Amadeus, e só mais tarde vieram a ser conhecidos pelo nome que hoje em dia os identifica. O percurso dos Corvos arrancou com a interpretação de obras de música clássica, mas quando os músicos começaram a ouvir outras sonoridades como o Kronos Quartet e o Balanescu Quartet, que pouco tempo depois cederam o lugar aos entretanto nascidos Apocalyptica, os Corvos arriscaram experimentar qualquer coisa de diferente, e começaram a interpretar alguns temas dessas referências, mas dotados de arranjos feitos pelos próprios. O resultado final dessa experiência, que uniu o rock dos Xutos & Pontapés à música clássica, foi editado em 1999, sob o nome de "Corvos Visitam Xutos". O grupo demorou cerca de seis meses a terminar os arranjos do disco, mas o resultado foi aplaudido pela crítica especializada, e muito bem recebido junto do público, que encarou o trabalho dos Corvos como uma grande homenagem aos Xutos & Pontapés. Em 2001, foi editado "Post Scriptum", o sucessor do álbum de estreia. Esse registo representou uma homenagem a Kurt Cobain e Jim Morrison, dois ídolos do grupo. Pela primeira vez em todo o mundo, um quarteto de cordas gravou com bateria, imortalizando as composições dos míticos artistas. "Post Scriptum" contou com a participação de Paulo Martins (baterista dos Ramp) e foi produzido por Fernando Júdice (dos Madredeus) e António Pinheiro da Silva (colaborador habitual dos Madredeus e Dulce Pontes). Em 2002 os Corvos foram galardoados com o prémio "Banda Revelação 2002", pela rádio Central FM. Cerca de um ano depois, em Fevereiro de 2003, o quarteto esgotou o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém. No mesmo ano editaram o disco "Corvos 3", o primeiro com originais. A produção esteve a cargo da própria banda, novamente em parceria com e António Pinheiro da Silva. A lista de colaboradores incluiu, mais uma vez, Paulo Martins (Ramp) e o escocês Jonathan Olive (Gaita de Foles). Em Novembro de 2007 surge o quarto trabalho da banda, e o segundo de originais, intitulado "The Jinx", cuja produção esteve a cargo de Luis Jardim. Nesta altura edsde inícios de 2009, os Corvos são constituídos por Pedro Teixeira da Silva (1º violino), Tiago Flores (2º violino), Luís Santos (viola d'arco), Cláudio Nunes (violoncelo) e Pedro Silva (bateria).[Maria João Serra]

DISCOGRAFIA

 
CORVOS VISITAM XUTOS [CD, Nortesul, 1999]

 
POST SCRIPTUM [CD, Zona Música, 2001]

 
FUTURO QUE ERA BRILHANTE [CD Single, Zona Música, 2001]

 
FUTURO QUE ERA BRILHANTE [12"Maxi, Zona Música, 2001]

 
CORVOS 3 [2xCD, Corvos Sound, 2003]

 
THE JINX [CD, Som Livre, 2007]

MEDO [CD, JBJ, 2010]

COMPILAÇÕES

 
FNAC ALMADA [CD, FNAC, 2002]

PRESS
Clássicos do Rock, Sónia Pereira, Blitz nº 740 de 05-01-1999
Paixões Paralelas, Sónia Pereira, Blitz nº 752 de 30-03-1999
A Diferença está na Atitude, Sónia Pereira, Blitz nº 753 de 06-04-1999
Instrumentos Acústicos, Patrícia Lemos, Promúsica 30 de 07-1999
Virtuosos QB, Cameraman Metálico, Raio X nº 29 de 05-03-2000
Para Levar a Sério, António Pires, Blitz nº 892 de 04-12-2001
Clássicos do Rock, Patrícia Lemos, Promúsica nº 58 de 01-2002
O Grasnar Clássico-Rock, Gonçalo Frota, Blitz nº 953 de 04-02-2003
Corvos, Rita Guerreiro, Blitz 981 de 19-08-2003
Classique-Nouveau, Dora Carvalhas, Rock Sound nº 12 de 11-2003