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quarta-feira, 12 de julho de 2017

BANKA RUPTA

Os Banka Rupta nasceram nos subúr­bios de Lisboa em 1989, e vieram ao mundo difícil da MMP com o intuito de criação e gosto próprio. São seis elementos: o Ricardo Silvestre na voz, o Carlos Mota e o Rodolfo Gil nas guitarras, o Nuno Costa no baixo, o Helder Alves nas teclas e o Miguel Medeiros na bateria. Nasceram sob o baptismo de Banka Rota, nome que bem se lhes ajustava no momento, visto que não tinham posses para com­prar os instrumentos que queriam para fazer a música que pretendiam. Com o aparecimento do dinheiro, vieram os instrumentos e surgiu a música, tal como a pretendiam. Questões de grafia e sonância leva­ram-nos a mudar o nome da banda para "Banka Rapta". Desde logo se lançaram na corrente gótica; podemos mesmo dizer que os Banka Rapta tocam um "soft­gótico", sempre muito alinhadinhos e disciplinados. As suas letras reflectem estados de espírito e turbu­lências mentais, são espontâneas e têm uma vertente mística bastante acentuada (como qualquer grupo gó­tico que se preze); não vão ao fundo das coisas nem abordam situações concretas, deixando-se antes tocar pelas sensações. No entanto, primam por um visual pouco gótico, não são nenhuns "negros" nem andam a apregoar Baudelaire. Sentem-se à margem da MMP e não se importam de haver gente que os considera traidores por cantarem em inglês em vez de utilizarem a língua portuguesa Querem chegar bastante longe, o mais longe possível, dão concertos com bastante frequência na sua zona (Vila Franca de Xira) e têm o apoio de gente impor­tante da Música Moderna Portuguesa. [João Paulo Levezinho]
PRESS
O Gótico Consumista, João Paulo Levezinho, Ritual nº6 de 02-1993