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sábado, 8 de julho de 2017

ANABELA DUARTE

Anabela Duarte fez parte dos W.C. Porno, grupo liderado por Farinha, que participou na 1ª Edição do Festival Só-Rock (Coimbra, 1981). Ainda com Farinha, esteve nos Ocaso Épico aparecendo no tema "Intro" [Memórias] da compilação "Ao Vivo No Rock Rendez-Vous em 1984". O último concerto com o grupo foi em Março de 1985 na sala do teatro A Barraca. Participa no tema "Apartheid Hotel" dos GNR, incluído no álbum "Os Homens Não Se Querem Bonitos". Em Julho de 1985 actua com o grupo na Aula Magna e esteve quase a ser vocalista dos GNR, em paralelo com Rui Reininho. É convidada para os Bye Bye Lolita Girl, banda formada por alguns dos elementos dos extintos Ezra Pound. Tem também uma passagem rápida pelo projecto Moeda Noise. Entra para os Mler Ife Dada mas os membros dos Bye Bye Lolita Girl reagiram muito mal à ideia de partilhar a sua vocalista com outro grupo. Exigiam uma exclusividade que pareceu pouco lógica à cantora pois a actividade da banda não era muita. Assim decidiu-se pelos Mler Ife Dada. Em 1986, os Mler Ife Dada participaram na compilação "Divergências" e lançam em single o tema "L'Amour va Bien Merci". Em 1987 editaram o álbum "As Coisas Que Fascinam" através da Polygram. Alguém sugere que ela grave um disco de fado. A Polygram aceita e é gravado "Lishbunah". Neste disco pretendeu fazer um fado que nunca tivesse sido cantado ou tocado, que fosse inédito. Em 1989 lança o álbum "Espírito Invisível" com os Mler Ife Dada. Pouco tempo depois a cantora abandona o grupo. Participa em vários concertos dos Duplex Longa (em 1992 seria editado o disco "Forças Ocultas" que inclui as colaborações de Anabela nos temas "Mar de Coral" e "Phado"). Canta e diz poemas de diversos autores portugueses utilizando um processador de voz. Participa no aniversário da editora Assírio & Alvim e actua no Jardim Botânico, em Lisboa, por ocasião do espectáculo "Nocturnos II". Colabora com Pedro Ayres Magalhães no espectáculo "Resistência As Primeiras Páginas (Canções Ilustradas)" apresentado, em Maio de 1990, na Feira do Livro de Lisboa. Anabela aparece a declamar enquanto as vozes são repartidas por Teresa Salgueiro e Filipa País. Em 1990 participa no disco "Janelas Verdes" de Júlio Pereira. Nesse ano integra, como soprano, o coro do Teatro Nacional de S. Carlos. Em Abril de 1991 actua em quatro espectáculos no Instituto Franco-Português, em Lisboa. Os concertos foram gravados pela RTP e o video do concerto, dirigido por Carlos Barradas, foi premiado na Europália 91. Em Maio é editado um máxi-single (edição de autor com o apoio do IPJ) com os temas "Subtilmente", "Asiaouasi" e "Ela Ela". "O Horizonte Basta/Of Horizon Enough", editado pela Frenesi, em 1998, inclui a declamação de poemas de Hélder Moura Pereira e de Paulo da Costa Domingos. Trata-se de uma edição bilingue que inclui como oferta um cd-digital audio. Em 1999, a AnAnAna lança o disco "Delito", onde são recuperadas as canções gravadas ao vivo em 1991, no Instituto Franco Português. Neste disco aparecem, com novos arranjos, três canções dos Mler Ife Dada. Em 2001, Anabela Duarte, depois de um período de recolhimento na procura de novas sonoridades, escolheu o site estudio54.com para divulgar os seus mais recentes trabalhos que há muito os seus fãs reclamavam. Iniciava-se assim a contagem decrescente para «uma espécie de tauromaquias musicais, mas sem sangue à vista; aliás o sangue é de vida e ferve em cada nota». Em 2002 interpretou e criou música e sons para a peça de teatro improvisado ”O dia do desassossego”, de Fernando Pessoa, com direcção de Alberto Lopes e João Garcia Miguel. A estreia ao vivo do projecto Anabela Duarte Digital Quartet ocorreu em Outubro de 2002 no Festival SonicScope 02. O disco "Lishbunah" foi reeditado pela Universal em 2003. A mesma editora lança a compilação "Pequena Fábula" dos Mler Ife Dada onde aparece uma nova versão de "Zuvi Zeva Novi" que marcou o seu primeiro encontro com Nuno Rebelo após a saída dos Mer Ife Dada. Colabora na compilação "Uma Outra História", promovida pelas lojas Fnac no âmbito do dia mundial da Música, onde aparece com uma versão do tema "Baby", dos Mutantes, que contou com a participação Mário Delgado, Alexandre Frazão e Zé Nabo. "Blank Melodies" de Anabela Duarte Digital Duarte foi editado pela Zounds no início de 2005. Em 2007 apresenta-se com "Machine Lyrique", um disco-concerto com canções possíveis e impossíveis de Kurt Weil e Boris Vian. [A Magia dos Anos 80]

DISCOGRAFIA

 
LISBUNAH [LP, Universal, 1988]

 
SUBTILMENTE [12"Maxi, Sing Sing Records, 1991]


INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS LISBOA 04-1991 [DVD, Bootleg, 1991]

 
O HORIZONTE BASTA [CD+Livro, Frenesi, 1998]

 
DELITO [CD, Ananana, 1999]

 
BLANK MELODIES [CD, Zounds, 2005]

OBJOGO [CD, Edição de Autor, 2001]

 
MACHINE LYRIQUE [CD, Universal, 2006]

 
LA LUNA [CD, Universal, 2008]

COMPILAÇÕES

 
UMA OUTRA HISTÓRIA [CD, FNAC, 2005]

PRESS
Anabela Fadista, Luís Maio, Blitz nº 174 de 01-03-1988 [CAPA]
Ser ou não Ser Fado, Rui Monteiro, Blitz nº 179 de 05-04-1988
Olho Por Olho, Carlos Casal, Luso Mania! nº 12, 03-1989
Vozes que Fascinam, Miguel Francisco Cadete, Blitz nº 295 de 26-06-1990
A Desejada, Rui Monteiro, Blitz nº 336 de 09-04-1991
Noite Fechada no Sentimento, Fernando Marques, Blitz nº 337 de 16-04-1991
Coisas Que Fascinam, Nuno Ávila, Ritual nº4 de 12-1991
A Voz do Canto, Fernando Santos Marques, Blitz nº 370 de 03-12-1991
O Espírito Visível, Jorge Pires, Blitz nº 371 de 10-12-1991
O Voo Sonoro da Palavra, Cláudia Galhós, Blitz nº 697 de 10-03-1998
A Ousadia de Experimentar, Miguel de Matos, Promúsica 33 de 10-1999
Música para Palavras, Blitz nº 836 de 07-11-2000
Adeus Lolita, Olá Druida, Catarina Sacramento, Blitz nº 940 de 05-11-2002
Anabela e a Pop Digital, Blitz 997 de 09-12-2003
Preencher o Branco, António Pires, Blitz 1058 de 07-02-2005