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segunda-feira, 24 de julho de 2017

CARLOS BICA

Carlos Bica é um contrabaixista e compositor português que trabalha com alguns dos melhores músicos do mundo. A sua zona de maior conforto chama-se Trio Azul, projecto onde junta os seus esforços aos de Jim Black e Frank Möbus, mas também já editou a solo através da extinta editora nortenha, Bor Land. Vivendo com um pé em Berlim e outro em Lisboa, Bica recebeu um convite para gravar nos estúdios da rádio de Berlim (RBB) e fê-lo de forma motivada, tendo esse labor resultado no longa duração "Single", um disco de contrabaixo a solo editado pela desaparecida editora. Por outro lado, os trabalhos do Trio Azul foram maioritariamente lançados pela editora alemã Enja que beneficia de distribuição mundial. "Single" afasta-se dos trabalhos anteriores e dos padrões jazz mais comuns; arrisca aproximações à pop, à música clássica, à música antiga, à música contemporânea, facto que Bica descreveu claramente como "sendo já um bocado a minha característica: abordar vários tipos de música e tentar que tenha a minha assinatura, que a minha personalidade esteja presente, independentemente de ser uma composição minha ou um tema popular ou uma canção medieval - são coisas que me tocam e que não estão ligadas ao compositor, à época ou ao estilo. No jazz não é propriamente o facto de ser jazz que me agrada em especial, normalmente aquilo de que gosto no jazz é o músico – gosto deste músico que tem um rótulo de jazz, mas gosto de músicos e compositores de áreas completamente diferentes. Eu tenho uma expressão para definir isso que é: “deixar a porta aberta”. E quando as coisas me tocam, passam de certa maneira a ser minhas; assimilo estas coisas que me tocam. E depois trata-se de dar um formato a essas canções/composições de maneira a não se sentir que de faixa para faixa se está a mudar de estilo – é a função do músico conseguir uniformizar os vários universos. Por outro lado tenho formação de música clássica, pop e rock foi com o que cresci, o jazz e a improvisação conheci mais tarde e eu vejo-me num universo onde todas estas linguagens coexistem". A música de Carlos Bica sugere inúmeras imagens abstractas e estados de espírito. Bica foi também o autor de uma versão de “Paris, Texas”, para uma compilação lançada no "Dia Mundial da Música" mas o amor pelas covers não é indissociável do músico: na sua discografia com o Trio Azul podemos encontrar "Look What They've Done To My Song", uma canção de Melanie ou "Canção de Embalar" de José Afonso. No caso concreto do "Paris, Texas" o convite foi feito uns dias antes da gravação. O músico já tinha visto o filme de Wim Wenders há muito tempo, mas após voltar a ouvir a versão original achou "É fácil. Mas depois optei por fazer vários overdubs (vários contrabaixos, com pizzicato, com arco) e aquilo tomou um outro carácter, acho que ficou um bocadinho “Paris, Xangai”. Bica fez também parte do projecto Contra3aixos, composto por Carlos Bica, Carlos Barreto e Zé Eduardo e do grupo Diz, na parceria da cantora Ana Brandão.

DISCOGRAFIA

 
AZUL [CD, Polygram, 1996]

TWIST [c/Azul] [CD, Enja Records, 1998]
DIZ [c/Ana Brandão] [CD, Enja Records, 2001]

 
LOOK WHAT THEY'VE DONE TO MY SONG [c/Azul] [CD, Enja Records, 2002]

 
SINGLE [CD, Bor Land, 2005]

 
BELIEVER [c/Azul] [CD, Enja Records, 2006]

A CHAMA DO SOL [c/Kalima + Klammer] [CD, Nabel, 2006]
SPLIT [c/Matéria-Prima] [CD, Clean Feed, 2010]
THINGS ABOUT [c/Azul] [CD, Clean Feed, 2011]

COMPILAÇÕES

 
EXPLORATORY MUSIC FROM PORTUGAL 02 [CD, Calouste Gulbenkian, 2002]

 
MOVIMENTOS PERPÉTUOS [2xCD, Universal, 2003]

 
UMA OUTRA HISTÓRIA [CD, FNAC, 2005]

 
PRESS PROMO 2005 [CDR, Bor Land, 2005]

 
CAN TAKE YOU ANYWHERE YOU WANT [2xCD, Bor Land, 2005]

 
ATLANTIC WAVES 2006 [CD, Calouste Gulbenkian, 2006]

 
BAIRRO ALTO HOTEL [CD, Universal, 2008]

PRESS
A Guitarra Azul, Eduardo Sardinha, Blitz nº 968 de 06-05-2003
A Baía do Bocejo, Eduardo Sardinha, Blitz nº 972 de 17-06-2003
20 Anos, 52 Pessoas, Blitz 1018 de 04-05-2004

DEUS PÃ

Confesso que sempre tive alguma curiosidade sobre este grupo formado no Porto em 1990. Inicialmente denominados “Deus Pã Não Morreu”, foram buscar o seu nome às “Odes” de Ricardo Reis e, sabendo que Pã, deus ligado à natureza, aos rebanhos e grande amante de música, era figura inspiradora das correntes neo-folk, imaginei que a sonoridade da banda se enquadrasse nesse espectro. Estava enganado, pois a banda era praticante de um pop/rock de guitarras banal e sem nada que a distinguisse de milhões de outras bandas do género. Antes dos “Deus Pã Não Morreu” a banda dava pelo nome de Ex-Citações, tendo vencido um concurso de música moderna em Guimarães e também o Concurso organizado pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto. O grupo entretanto dispersou por motivos diversos e o guitarrista José Meireles iniciou a procura de novos elementos que darão origem aos “Deus Pã Não Morreu”. É com a primeira formação integrando Carlos Ribeiro (voz), José Meireles (guitarras), Carlos Copek (baixo), Rui Eduardo (bateria) e Pedro Cardoso (teclados) que gravam o tema “Suicídio” inserido na compilação “Excedentes”. Neste tema “Suicídio”, a banda apresenta um pop/rock esgalhado com predomínio das guitarradas e a mesma desenvoltura que seria apresentada se a canção tivesse como temática beber uma mini numa esplanada no Verão. No ano seguinte, já com a designação reduzida a “Deus Pã”, gravam dois temas para a compilação “Até que o Rock nos Separe”. A formação da banda sofreu algumas alterações, com a entrada de um novo vocalista e baterista, António José Santos e Pedro Maia, respectivamente. Os temas “Fogo” e “Não Podemos Aceitar”, não fogem ao figurino anterior: pop/rock competente, mas anódino, com a guitarra sempre ansiosa por brilhar. Em 1996, dispõem já de várias maquetas gravadas para apresentação nas rádios, a última das quais com quatro temas: “Vida Nociva”, “Sonhos”, “Mulata” e “Uma Janela Ouvidos”, contando com três músicos convidados, um teclista, um saxofonista e uma voz feminina. Pretendiam gravar mais alguns temas tendo em vista enviá-los para apreciação das editoras. A banda finda a sua actividade, sem conseguir gravar o almejado longa-duração, dispersando-se por outros projectos. O vocalista António José Santos segue o seu percurso nos Blunder e posteriormente, na companhia do guitarrista José Meireles passam a integrar os Per7ume.

COMPILAÇÕES

 
EXCEDENTES [CD, In-Édita, 1994]

ATÉ QUE O ROCK NOS SEPARE [CD, Solitária Produções, 1995]

PRESS
Funky Pã, Fernando Magalhães, Público - Pop/Rock de 28-05-1997

MASQUE OF INNOCENCE

Em 1997, Rui Brito (bateria) e Vasco Gonçalves (baixo) decidiram criar um projecto de metal, para o qual convidaram posteriormente Nuno Conceição e Hugo Lopes (teclas). O percurso dos Masque of Innocence ficou marcado, desde o início, por problemas ao nível da formação, com sucessivas entradas e saídas de vocalistas. Aquele que se manteve por maior período de tempo foi Rui Cabral, que integrou a banda até 1997. Só no final desse ano o grupo conseguiu alcançar alguma estabilidade com a entrada de Nuno Damião e de um segundo guitarrista, Paulo Batista. Em 1998 o grupo faz-se à estrada e estreia-se no Marquês Rock Club, actuação a que se seguem dois concertos no Porto. Em Setembro, Vasco Gonçalves abandona a banda devido a divergências musicais e pessoais. Sem um elemento fixo ao nível do baixo, os Masque of Innocence decidem, em inícios de 1999, gravar uma maqueta a que darão o título de "Take One". Uma série de imprevistos obrigam a adiar a entrada em estúdio, o que acabará por ocorrer apenas em Abril desse ano. Será um dos temas desta demo ("Dormant Bliss") que é integrado num dos CDs compilação da revista Promúsica. Nessa altura, o grupo era constituído por Rui Brito (bateria), Hugo Lopes (teclas), Paulo Batista (guitarra), João Matos (guitarra), Nuno Damião (voz) e José Costa (baixo). Passaram ainda pelo grupo Marco Nogueira (voz) e Rui Martins (guitarra). Ao longo de 2004 e do início de 2005, a banda realizou uma série de concertos e participou ainda em alguns concursos. Apenas em 2011 conseguem editar o seu primeiro longa duração com distribuição comercial, "Overcoming Anger", em regime de auto-edição.

DISCOGRAFIA

TAKE ONE [CDR, Edição de Autor, 1999]

 
OVERCOMING ANGER [CD, Edição de Autor, 2011]

PRESS
Destaques, Promúsica 53 de 06-2001

FISH & SHEEP

Os Fish & Sheep foram um duo formado por Afonso Simões (Phoebus, Cúria, Braço, Manta Rota, Gala Drop) e Jorge Martins (Frango, Ivone). Começaram em sessões de improvisação livre em 2004, partindo da junção da bateria e da guitarra, produzindo uma sonoridade fortemente visceral nas margens do rock mais transgressor. O primeiro concerto ocorreu em Fevereiro do ano seguinte na Galeria Zé dos Bois (ZDB) em Lisboa. Estrearam-se nas gravações com o CD-R “Mix Sex With Stupid” captando parte de uma actuação na Galeria Zé dos Bois e um pedaço de um concerto no bar “O Meu Mercedes é Maior que o Teu” no Porto. A guitarra e a bateria são recursos manipulados para produzir uma massa sonora angular, repleta de fisicalidade e feedback, na vertigem do rock mais exploratório, mas com pontos de contacto também com o jazz libertário. Foram desafiados por Fua da editora Lovers & Lollypops para lançarem em conjunto com os Tropa Macaca um split-CDR denominado “Para o Inferno com Eles” que apresentaram ao vivo no Passos Manuel, no Porto. Restringirem-se a uma guitarra e bateria, nunca constituiu uma limitação para o duo, tendo inclusive abdicado da bateria em alguns concertos, nos quais utilizaram circuitos fechados e uma data de delays, embora considerassem que estavam mais confortáveis com a bateria. Não obstante, a sua música integra perfeitamente outros elementos como a manipulação electrónica ou mesmo instrumentos como o saxofone e o baixo. Tendo começado como improvisação pura, havia ao mesmo tempo uma certa procura. Quando sobem para o palco, o seu lugar natural, têm sempre controlo sobre a situação, resultante do profundo conhecimento das linguagens de cada um, recorrendo a meios e artifícios para chegar a uma coisa mais pura, nada exuberante. Uma musicalidade física, crua, menos cerebral, disparada a toda a velocidade em milhares de explosões permanentes. Inseridos num movimento que surgiu no início do novo milénio, integrando bandas como os Loosers, CAVEIRA, Frango, Tropa Macaca e outros, tocando em locais como a ZDB e o Lisboa Bar, partilhando espaços e edições fora do circuito comercial, motivando-se uns aos outros, para darem um concerto melhor do que aquele que viram, marcaram um período de forte efervescência musical. Depois de sucessivos adiamentos, lançam o disco “Double Banana” numa edição de 100 exemplares pela Ruby Red Editora. Dado que a banda considerava que nenhum dos CD-R editados era minimamente satisfatório relativamente aquilo que faziam ao vivo, o novo registo estava muito próximo da energia dos concertos do duo. Produzido por Nathan Lively, o disco foi gravado no espaço Incrível Almadense, onde improvisaram um estúdio num dos corredores, trabalhando lá ininterruptamente durante três dias. Pela primeira vez, o duo gravou algumas músicas pensadas e ensaiadas antes da gravação, tendo aplicado overdubs num dos temas. Os Fish & Sheep entraram em hibernação forçada após a saída de Jorge Martins para os Estados Unidos, reaparecendo ocasionalmente para alguns concertos.

DISCOGRAFIA

MIX SEX WITH STUPID [CDR, Edição de Autor, 2005]

PARA O INFERNO COM ELES [c/Tropa Macaca] [CDR, Lovers & Lollypops, 2005]

 
TRACY CHAPMAN LORDS [CDR, Searching Records, 2006]

 
CARAVANA DO ESTRILHO [c/ Caveira+Tropa Macaca] [CDR, Edição Autor, 2006]

 
DOUBLE BANANA [LP, Ruby Red, 2006]


DEAD NUNS RISING [Tape, Silver Ghosts, 2007]

COMPILAÇÕES

 
ANIMAL REPETITIVO [CDR, Searching Records, 2005]


RIPPERS AND CREEPERS 01 [Tape, Pendu Sound Recordings, 2007]

THE STARVAN

Formados em Lisboa em meados de 2002 por Rodrigo Fortes (voz), Pedro (guitarra), David Gama (aka Candies, baixo) e Tiago (bateria), os Starvan caracterizaram-se por praticar um punk pop melódico bem ao estilo californiano seguindo, em certa medida, a onda dos Fonzie. Ritmos intensos que ganham forma pela voz, baixo e bateria fortes, guitarras melodiosas, eis a fórmula tantas vezes repetida por milhares de bandas iguais numa altura de pós grunge. Após gravar um EP promocional e de terem expelido o teledisco de "Hate/Love", o grupo começou a atrair a atenção de uma certa franja de público juvenil mais vocacionado para estes fenómenos passageiros. O caminho foi, contudo, não linear e em Julho de 2003, o baterista Tiago e o guitarrista Pedro abandonam o grupo evocando motivos profissionais. Já com Yogui na bateria, não desistem e lançam-se à estrada em Agosto numa "Club Tour" que passa por Espanha. Em Outubro de 2003 é a vez de um novo guitarrista, Nelson Patrão, integrar o projecto, seguindo-se a desejada entrada em estúdio para gravar o primeiro longa-duração. A produção de "Shot The Prize" fica a cargo de Miguel Marques (membro dos Easyway, Devil In Me, The Aster, More Than a Thousand) que procura conferir ao som dos Starvan as famigeradas características do punk pop. Com o álbum nas mãos, a banda edita o primeiro single, "These Lines (Are Not That Straight)", acompanhado do videoclip do mesmo. O single seguinte será "For This I´m Sorry". Entretanto, novamente trilhando o percurso dos Fonzie, conseguem que o disco seja editado no Japão pela editora Kick Rock Music. Durante 2006 gravam o seu segundo álbum e fazem a sua primeira Tour por terras nipónicas que consta de seis datas. No último dia pelo oriente tocam no festival "MTV Street Calling 2006" para cerca de 5000 pessoas. Por essa altura, David Gama e Nelson Patrão integram a banda dos "Morangos com Açúcar" assumindo, respectivamente, os papeis de Sérgio e Link!... Já em 2007 assinam com a Som Livre para edição nacional do CD "Songs for Tracy". A formação sofre mais uma mudança com a entrada de Kiko (bateria) para o lugar deixado vago por Yogui e com uma segunda guitarra nas mãos de Nuno Matos, permitindo que Rodrigo assuma apenas a parte vocal. "O Rock é uma questão de atitude e isto é a nossa vida, então será sempre Death or Glory", apregoava, na altura, o vocalista. Após a dissolução do projecto, três quartos dos seus membros - Rodrigo, David e Nelson - criaram os 4Taste, banda de telenovelas que por aí andou durante uns tempos. Rodrigo Fortes foi também vocalista dos Angry Odd Kids.

DISCOGRAFIA

 
SHOT THE PRIZE [CD, Rastilho, 2004]

 
FOR TRACY [CD, Som Livre, 2007]

COMPILAÇÕES

 
ATAQUE FRONTAL [2xCD, Impulso Atlântico, 2008]

PRESS
Sintetizador, Ana Markl, Blitz 1015 de 13-04-2004
Rádio Punk, Pedro Trigueiro, Rock Sound nº 22 de 11-2004

KARUNIIRU

Os Karuniiru nasceram no Seixal em 2005 pela mão de Domino Pawo, ainda sob a denominação de Carnille e apresentando-se algo pretensiosamente como um "projecto de artes". Inicialmente foi formado em comum com alguns elementos de outras bandas, tendo-se estreado ao vivo em Fevereiro de 2006 no evento J-Rock Party, a que se seguem alguns outros concertos realizados nesse Verão. Porém, divergências entre os elementos da banda obrigam a que Pawo tivesse que prosseguir sozinho durante os três anos seguintes. É em 2009 que Domino Pawo altera o nome do grupo para Karuniiru, estabilizando a sua formação e passando a apresentar-se mais frequentemente ao vivo. Editam também o seu primeiro trabalho, o EP "Stupidity". Na altura, para além do seu mentor, Domino Pawo (voz), faziam parte da banda, Ric (guitarra), Razy (baixo) e Korosu (bateria). Também passarão pelo grupo, durante esta fase, Roku (guitarra), Kuraru (guitarra) e Banzai (baixo). Em 2010, apresentam dois novos trabalhos, os singles "El Bailarico" e "Pink Bunny Kiss". Escondendo-se por trás de pseudónimos nipónicos, os elementos do grupo praticam uma espécie de metal-punk-noise-funk-alternative-nu-thrash-progressive-industrial, continuando a tocar ao vivo de forma intensa. Em 2011 editam um novo EP, "Junkie Lollita", que lhes permite não apenas manter a chama viva como continuarem a tocar ao vivo com alguma frequência. Após uma breve paragem para refinação, 2013 assiste a uma nova mutação de Karuniiru: Domino recruta Charles Sangnoir (guitarra e teclados, La Chanson Noire, Tertúlia dos Assassinos) e Melkor (guitarra, The Firstborn, Neoplasmah, Martelo Negro) criando uma sonoridade híbrida entre o electro, o punk, o gótico e o heavy metal. O resultado foi "Cyberpunk", o álbum de estreia editado pela Necrosymphonic.

DISCOGRAFIA

 
STUPIDITY [MP3, Mimi Records, 2009]


PINK BUNNY KISS [CD, Edição de Autor, 2010]

 
EL BAILARICO [MP3, Necrosymphonic, 2012]

 
JUNKIE LOLLITA [MP3, Necrosymphonic, 2011]

 
CYBERPUNK [CD, Necrosymphonic, 2013]

COMPILAÇÕES


HELLCOME TO PORTUGAL [MP3, Necrosymphonic, 2012]

GOTH'N'ROCK 05 [CD, Raging Planet, 2013]

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