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terça-feira, 20 de junho de 2017

MELLERIL DE NEMBUTAL

Miguel Santos (aka Hesskhé Yadalanah, baixo, caixa chinesa, guitarra, voz), Itaperapetuxe (bateria, percussão, ferros), Canto Silvestre (voz, percussão), Canto Buendia (guitarra), Camarada McGuinty (percussão, xilofone, harmónica, ferros, voz), Justo Infantes (adufes, baixo, voz), Céti Pápá (violino, flauta) e Arcádio Maturina (voz, percussão, marcas), deram corpo a uma das mais estranhas bandas nascidas em Portugal. Chamaram-lhe Melleril de Nembutal, sabe-se lá porquê. A mim lembra-me sempre o antigo Egipto e o Livro dos Mortos. 1985 viu-os nascer em Lisboa e concorrer ao Festival Nacional da Nova Música Rock, realizado no Pavilhão Infante de Sagres no Porto e no qual obtiveram um dos lugares cimeiros, vindo mais tarde a conquistar o prémio de originalidade do 4º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous. Apesar de tudo, naquela altura, não foram bem recebidos. Aliás nunca o foram! As gentes sempre fizeram confusão com a diversidade de influências, as encenações dementes e as letras cruéis na sua lucidez. E só uma banda como os Melleril de Nembutal teria canções chamadas "Movimentos Córeicos" ou "Emma Amma" ou que em todos os concertos colocaria um cenário com esta enigmática trilogia de palavras: «Lebre - Caçador - Campo». Após a sua dissolução, os seus diversos elementos estiveram envolvidos noutros na origem de outros projectos igualmente originais como os Hesskhé Yadalanah, Uru Eu Wau Wau, RU486 ou Subterfúgio.

CASSETES
Pub Luís Armastrondo, Porto 1987 10 42:51 3

PRESS
Concurso de Música Moderna-2ª Sessão, António Pires, Blitz nº121, 24-02-1987
Desiludidos com a Juventude Portuguesa, F.Sobral, Blitz nº172, 16-02-1988
Melleril de Nembutal, Ibérico nº0 de Verão 1988
À Procura dos Perdidos, Raquel Pinheiro, Ritual nº1 de 01-1991