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domingo, 25 de junho de 2017

QUINTETO ACADÉMICO

O Quinteto Académico era, na origem, um grupo de cinco músicos com muito boa vontade mas que revelavam muitas carências técnicas e de entrosamento. A formação original era constituída por Daniel Gouveia (piano), Mário Assis Ferreira (guitarra eléctrica), Artur Pinto (bateria), José Manuel Fonseca (clarinete) e José Augusto Duarte (contrabaixo). Com esta formação participam na banda sonora do filme "Domingo à Tarde" (1965) de António de Macedo. A banda sonora do filme "Sete Balas para Selma", do mesmo realizador, era composta por canções com letra do poeta Alexandre O'Neil musicadas pelo Quinteto Académico (grupo popularizado por temas românticos) e cantadas por Florbela Queiroz. Participaram também no primeiro Festival de Vilar de Mouros, que decorreu nos dias 3 e 4 de Agosto de 1968 no Campo do Casal. Em 1968 dá-se a primeira mexida significativa na formação: entram Pedro Osório (teclas), o belga Adrien Ransy (bateria), o francês Jean Sarbib (baixo) e Carlos Carvalho (guitarra). Da formação inicial manteve-se apenas José Manuel Fonseca (voz). Pelo caminho, para além dos restantes elementos, ficou também Mário Assis Ferreira, futuro administrador do Casino Estoril, que se tornou o empresário da banda. A nova formação revelava já bons músicos, o que já permitiu que o grupo se aventurasse em estilos musicais mais modernos e próximos daquilo que, a nível internacional, se fazia e iria fazer nos anos 70. Este line up durou cerca de dois anos até ao abandono de Pedro Osório e de Carlos Carvalho e à entrada de quatro novos elementos: um teclista inglês (Mike Carr), um vocalista de origem norte-americana (Earl Jordan), um trompetista sul africano e um guitarrista escocês (Mike Seargent, ex-Marmalade, futuro Quarteto 1111 e Gemini). A formação ficou então com sete elementos, todos estrangeiros com excepção de José Manuel Fonseca. É devido a este facto que surgirá a designação + 2 nos últimos trabalhos do grupo. Talvez devido à miscelânea de nacionalidades, esta formação durou pouco tempo mas, enquanto se manteve, revelou-se muito criativa.

DISCOGRAFIA

 
WATCHA [7"EP, A Voz do Dono-VC, 1966]

 
REACH OUT I'LL BE THERE [7"EP, A Voz do Dono-VC, 1966]

 
TRAIN [7"EP, A Voz do Dono-VC, 1967]

 
JUDY IN DISGUISE [7"Single, A Voz do Dono-VC, 1968]

 
JUDY IN DISGUISE [La Voce Del Padrone, 7 Single, 1968]

 
WHY [7"Single, A Voz do Dono-VC, 1968]

 
LOVE LOVE LOVERMAN [7"EP, A Voz do Dono-VC, 1968]

 
TRAIN: INTEGRAL 1966-1968 [CD, iPlay, 2008]

COMPILAÇÕES

 
PORTUGAL DELUXE 01 [CD, Nortesul, 1997]

 
PORTUGAL DELUXE 02 [CD, Nortesul, 1998]

 
OS REIS DO RITMO [CD, EMI, 2003]

 
PORTUGUESE NUGGETS 01 [LP, Galo de Barcelos, 2007]

 
PORTUGAL NUGGETS 02 [LP, Galo de Barcelos, 2007]

 
THE WILD 60's SOUNDS FROM PORTUGAL (LP, Galo de Barcelos, 2007)

 
CALOIROS DA CANÇÃO 01 [2xCD, iPlay, 2010]