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quinta-feira, 22 de junho de 2017

LP

Nascido em 12-10-1988 (número zero não vendido comercialmente) e dirigido por Manuela Paraíso, programadora radiofónica experiente e antiga colaboradora da "Música & Som", o jornal LP foi uma verdadeira lufada de ar fresco no panorama editorial nacional, numa altura em que o seu maior concorrente, o Blitz, definhava. Apesar de ter tido grandes altos e baixos qualitativos, o jornal teve o mérito de dar grande importância ao rock nacional, expondo novas bandas, sempre com critérios de qualidade. O resultado não foi muito duradouro mas teve o mérito de ter obrigado o rival Blitz a mudar e a adaptar-se para sobreviver. Os critérios de selecção de bandas foi também muito interessante, pautando-se pela apresentação de projectos marginais de franjas e nichos de mercado da música pouco comerciais, dando um impulso de realce a áreas como a pop britânica, o industrial, a electrónica, o rock alternativo, etc. Reuniu uma série de colaboradores jovens e capacitados para mexer com o panorama musical, alguns deles mais tarde aproveitados pela concorrência. O jornal teve duas fases muito distintas. Uma primeira, de maior dimensão da publicação, que se deu desde o nº 0 ao nº 15 (de 09-02-1989) caracterizado por um maior cuidado gráfico e maior exigência qualitativa e uma segunda, que prosseguiu do nº 16 ao nº 34 (29-06-1989), mais desequilibrada a todos os níveis e que, julgamos, deu origem à extinção da publicação.