Páginas

domingo, 25 de junho de 2017

KAMA SUTRA

Formados por Pedro Taveira (bateria), Rui Pipas (guitarra), Gino Guerreiro (baixo) e Barata (vozes), o grupo Kama Sutra cotou-se durante muito tempo como um dos melhores grupos de rock Português. Estes elementos já tinham anteriormente passado por formações como os Pentágono, Albatroz, Beatnicks e Ogiva. O seu estilo estava próximo do Hard Rock, com umas pinceladas de Rock Progressivo e sequências acústicas. Começaram por tocar versões de temas de grupos anglo-americanos (Gentle Giant, Yes ou Jethro Tull), mas depressa evoluíram e criaram o seu próprio reportório de temas originais. Em 1972 participam no 3º Festival Musical da Juventude, em Almada e, no ano seguinte voltam a participar na 4ª Edição do mesmo festival juntamente com os portugueses Heavy Band (onde pontificava Filipe Mendes, futuro Roxigénio) e os ingleses Atomic Rooster. Zé da Cadela, um baterista de renome no meio musical português (tocou com quase meio mundo artístico português dos pioneiros do Jazz aos UHF) entra para a banda, substituindo Pedro Taveira. Zé Cancela (teclas) e Jaime (guitarra) são os novos elementos da formação. Muito por causa da inclusão do órgão, o som do grupo torna-se mais denso e mais próximo do estilo que procuravam. A banda entra no circuito habitual dos grupos do seu género, tocando em vários locais do país em bailes de finalistas. A desmotivação e a apatia começam a apoderar-se dos elementos da banda. Estamos numa época em que o boom do rock português ainda não tinha visto a luz do dia, nem havia ainda a mediatização da música rock. Os Kama-Sutra dão por encerradas as suas actividades sem que tivessem deixado algum registo sonoro para a posterioridade. [Aristides Duarte]