Under Review Copy: FOR THE GLORY

quarta-feira, 21 de junho de 2017

FOR THE GLORY

Com base em Lisboa, mas formados por elementos oriundos de localidades tão díspares como Loures, Maia, Queluz ou Vila Franca de Xira, os For The Glory surgiram em 2003, a meio de um digressão dos já extintos What Went Wrong. Durante essa tour, surgiu por parte de alguns músicos, a ideia de se fazer uma cena mais dura e até com uma pitada de algum metal. Foi desta forma que Rui Brás (baixo, ex-Twenty Inch Burial), Ricardo Congas (voz, ex-What Went Wrong), Sérgio Bernardo (guitarra, ex-Criminal Waste), Poli Correia (guitarra, ex-Endless Road) e Miguel Correia (bateria, ex-What Went Wrong) começaram a compôr faixas que reflectissem assuntos de cariz sócio-político e relacionados com traumas e frustações individuais, envoltos numa sonoridade mais pesada e directa. Durante algum tempo, a banda tocou e manteve o line up inicial, dando muitos concertos e gravando, inclusive, o seu primeiro disco, "Drown In Blood". Sempre com alguns membros flutuantes - porque os amigos da família hardcore também servem para isso -, os For The Glory contam com alguns membros de outras bandas a tocar frequentemente ao vivo, sendo que os elementos mais fixos têm sido Ricardo Congas (voz), Sérgio Bernardo (guitarra), Cláudio (bateria) e Mike (guitarra). Após essa primeira incarnação, o grupo foi-se naturalmente alterando até estabilizar. Depois de três tours europeias baseadas apenas no primeiro álbum, o grupo fecha-se em Abril de 2006 em estúdio para registar o seu novo trabalho, o poderoso "Survival of The Fittest", um disco um pouco mais experimental e com letras mais pessoais e obscuras que o seu antecessor. No final do ano 2007 chega finalmente o tão esperado álbum "Survival Of The Fittest" constituído por 11 temas que se destacam pela sua agressividade, atitude, e maturidade. Gravado por Makoto Yagyu (If Lucy Fell, Riding Pânico) e Duarte, nos Black Sheep Studios em Sintra. Apesar de não inovarem, os For The Glory, trazem um disco pleno de energia. Bem feito! Com os ingredientes certos. Moldado por mão sábias que deixaram o som saltar mais rude, porque é assim que tem de ser. Souberam ganhar o seu espaço e agora aí estão para dar cartas.

DISCOGRAFIA